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Escola Europeia, séc. XVIII/XIX


Estimativa

12.000 - 18.000


Sessão 1

13 Outubro 2020



Descrição

Retrato dos doze Césares
Júlio César, Augusto, Tiberio, Caligula, Cláudio, Nero, Galba, Oto, Vitélio, Vespasiano, Tito, Domiciano
Óleos sobre madeira

39x33 cm


Categoria

Pintura


Informação Adicional

No ano de 1536, Ticiano (1490-1576) foi contratado para pintar onze retratos para o “Gabinetto dei Cesari” (Gabinete dos Césares) do Palazzo Ducale di Mantova projetado por Giulio Romano (1499-1546) para Frederico II, duque de Mantua (1500-1530). Os retratos foram inspirados nos relatos de Suetónio (69 d.C-ca. 141 d.C.) sobre as Vidas dos Doze Césares. Embora as dimensões da sala permitissem a realização de três grandes pinturas em cada parede, uma janela na parede oeste permitiu a execução de apenas onze retratos que foram concluídos, pouco antes da morte do duque, em Agosto de 1540. Mais tarde o retrato do 12º Cesar (o Imperador Domitian) foi acrescentado pelo pintor Giulio Romano.
No ano de 1561 os doze retratos foram copiados por Bernardino Campi (1522-1591) para o governador de Milão, Francesco Ferdinando d’Ávalos (c.1530-1571). Por volta de 1568 o pintor Ippolito Andreasi (1548-1608) realizou o desenho dos Onze Césares para Jacopo Strada (1507-1588) e os mesmos foram gravados por Aegidius Sadeler II e publicados por volta de 1593 em Antuérpia. Republicados por Marcus Sadeler (1614-1660) por volta de 1625, os gravadores adicionaram o retrato do 12º César e das doze imperatrizes com base nas pinturas de Giulio Romano.
Em 1628 a colecção Gonzaga, onde estavam as pinturas de Ticiano foi vendida por Vincenzo II de Mantua (1594-1627) ao Rei Carlos I de Inglaterra (1600-1649). Com a queda de Carlos I a colecção real foi dividida e leiloada pela Comunidade Inglesa e em 1651 os retratos de Ticiano acabaram por ser vendidos por £ 1.200 ao Embaixador espanhol Alonso de Cárdenas que agiu em nome de Dom Luis Méndez de Haro que os ofereceu ao Rei Filipe IV de Espanha, III de Portugal.
Os retratos foram expostos no Real Alcázar de Madrid e perderam-se no incendio de 1734, deixando as gravuras de Aegidius e de Marcus Sadeler como o principal registo das pinturas originais de Ticiano.
As doze pinturas que agora apresentamos foram realizadas nos finais do século XVIII, início do século XIX, a partir dessas mesmas gravuras e podem ser observadas como uma importante fonte para a compreensão dos perdidos quadros de Ticiano.



Leilão Terminado