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Polvilhador de açúcar Estilo Regência


Estimativa

300 - 350


Sessão 2

16 Novembro 2021



Descrição

Prata Francesa
Parcialmente dourada com tampa vazada em baioneta com decoração de motivos florais estilizados alternando com folhagem gravada num campo mate, encimado por pomo floral. Corpo com estrangulação evidente com decoração filetada e gomada com lambrequim e folhagem lanceolada num campo mate. Gargalo com decoração gravada de flores, folhagem e pompons. Assenta num pedestal gomado. Interior dourado
Paris, séc. XIX, marca de fabricante CARDEILHAC e "Minerve 1er titre"

Produzido no final do séc. XIX, no apogeu do sucesso da Casa CARDEILHAC, este grande polvilhador de açúcar em estilo Regência, é de qualidade idêntica à dos melhores exemplos do seu tempo. Os vazados são delicados numa alusão a renda e o conjunto é pautado por uma decoração bem equilibrada fiel à linguagem decorativa da época Regência

Polvilhadores de açúcar foram os antepassados das colheres, tendo aparecido nas mesas domésticas em meados do séc. XVII, sendo então referidos como "taças de açúcar". Em 1690, FURETIÈRE definiu "sugar bowl" como uma "vasilha habitualmente em prata, servida à mesa, cheia de açúcar em pó. Faz-se sair através the furos, quando queremos pô-lo sobre fruta, ou fazer qualquer outro tempero". No séc. XVIII o termo "taça de açúcar" referia-se a "pote de açúcar". Polvilhadores são por vezes referidos como "açúcar em pó". A primeira referência a polvilhadores de açúcar aparece no inventário de MAZARIN de 1653.

19,5 cm 229 g


Categoria

Pratas


Informação Adicional

Maison CARDEILHAC (1804-1951) foi fundada por Antoine-Vital CARDEILHAC em 1804 no nº 4 rue du Roule
Produzindo peças de vários estilos mas todas de qualidade e design excecionais Cardeilhac receberia vários prémios através dos anos; uma medalha de bronze na Exposition de 1823 e medalhas de prata em 1827 e em 1834.
Entre 1851-1885, dirigiu a empresa o seu filho Armand-Édouard Cardeilhac, sendo-lhe atribuída uma medalha de prata na Exposição Universal de Paris em 1867, e uma medalha de ouro na Exposição Universal de 1878 o que consagrou a prestigiosa "Maison".
Em 1885 o seu neto, Ernest, que havia completado a sua aprendizagem com o prateiro Heleu, assume a direção da empresa.
Foi então que se introduziu na firma o trabalho do ouro e da prata e se organizaram as oficinas para esta manufatura. É também comprado o fundo da "Maison LÍBON".
Assistido por três artistas, o desenhador Lucien-Hugues Bonvallet, o escultor Ernest Aiguier e o cinzelador Frédéric Viat, Cardeilhac exibirá os seus primeiros trabalhos na Exposição Universal de 1889 recebendo uma medalha de prata. Na exposição de 1900 preside sobre o júri de talheres e consegue considerável sucesso com peças feitas em prata e materiais como a madeira e o marfim.
Marie-Amélie Cardeilhac, viúva de Armand-Édouard assume a chefia antes de passar a empresa aos seus dois filhos, Jacques e Pierre, dirigindo a empresa entre 1904-1913 no nº. 24 place Vandôme, fabricando peças em casquinha e, entre 1904-1920 no 91 rue de Rivoli produzindo prataria. Em 1951 a companhia funde-se com a Christofle.
Trabalhos de Cardeilhac encontra-se nos mais importantes museus internacionais tais como, O Museu de Orsay e o Museu das Artes decorativas de Paris, o Museu Metropolitanos de Nova Iorque, o Smithsonian, o Meseu de Belas Artes de Virginia e o Museu de Arte de Cleveland nos EUA., o Museu Suntory de Arte, em Tóquio, o Museu Kunsgewerbe em Berlim, o Museu Nacional em Oslo e o Palácio Tsarskoïe Selo na Rússia



Leilão Terminado