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Tati, 2013
Rui Chafes (n. 1966)
Estimativa
15.000 - 18.000
Sessão
4 Fevereiro 2016
Valor de Martelo
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Ferro
186x42x56 cm
Categoria
Arte Moderna e Contemporânea
Informação Adicional
Representante maior da sua geração e figura destacada do movimento
de retorno à escultura que se verificou em finais do século XX, Rui
Chafes confere ao seu material de eleição o ferro uma leveza
aparente, convertendo-o em algo de orgânico e frágil.
Nas palavras do artista, trata-se de uma escultura de chão que evoca
Jacques Tati, um dos cineastas que mais admiro e que mais representam
uma forma rigorosa e cristalina de fazer cinema. A escultura evoca essa
figura mas também é um retrato dele: pode dizer-se que representa
um balão de ar que está a ser enchido por uma pessoa que pudesse
colocar-se nessa posição, com o pescoço preso na argola. Neste caso,
essa pessoa seria eu: tem a minha altura, foi feita para o meu corpo.
Evoca, naturalmente, a leveza dos filmes de Jacques Tati (sobretudo
no seu derradeiro Parade
) e pretende homenageá-lo, cristalizando
o momento impalpável e imaterial do ar a entrar num leve balão
transformando-o em ferro.
De entre as exposições individuais recentes de Chafes salientam-se
O Peso do Paraíso, CAM Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
(2014); Carne Misteriosa, MAM Museu de Arte Moderna, Rio de
Janeiro (2013); Campo de Sombras, Fundación Luis Seone, A Coruña,
Espanha (2011); e Enter Through the Narrow Gate, Convicinio di
SantAntonio e Parco della Gravina, Matera, Itália (2011). Com Vera
Mantero, Rui Chafes representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo
(2004). Em 2015 foi o vencedor do Prémio Pessoa.
Leilão Terminado