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Fotografia da série Zerlina, 1988
Jorge Molder (n. 1947)
Estimativa
2.000 - 3.000
Sessão
4 Fevereiro 2016
Valor de Martelo
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Tiragem argêntea
26x28 cm em 40x30 cm
Categoria
Arte Moderna e Contemporânea
Informação Adicional
Nos últimos 40 anos, Jorge Molder tem utilizado a fotografia de uma
forma totalmente singular e idiossincrática. Frequentemente referenciado
não como um fotógrafo mas como um artista que usa a fotografia, Molder
aproxima-a dos universos da literatura e do cinema, confrontando
os espectadores com narrativas suspensas, sem início e sem desfecho.
O carácter cinematográfico do seu trabalho é evidenciado pelo recurso
sistemático à série e a utilização frequente de adereços associados ao
cinema e em particular a alguns dos seus géneros, como o film noir e
a slapstick comedy. Manifestação de um interesse quase obsessivo pela
prática da auto-representação, Molder usa a sua face e as suas mãos para
encenar pequenos episódios ficcionados.
Os títulos assumem nas suas obras um fundamental papel evocativo
funcionam quase como pistas numa novela policial. A fotografia
agora apresentada é uma réplica de uma outra, datada de 1922, de Paul
Outerbridge (18961958), fotógrafo que exerceu uma influência decisiva
no trabalho de Molder. O título da série, Zerlina, pode ser uma alusão
ao texto A Criada Zerlina, narrativa que o filósofo e romancista austríaco
Hermann Broch integrou no romance Os Inocentes (1950).
Rico Pobre Mendigo Ladrón (Rei Capitão Soldado Ladrão), Círculo de
Bellas Artes, Madrid (2015); Rei Capitão Soldado Ladrão, Museu Nacional
de Arte Contemporânea Museu do Chiado, Lisboa (2014); Jorge Molder:
A Escala de Mohs, Museu da Electricidade, Lisboa (2014); e Pinocchio,
Chiado 8 Arte Contemporânea, Lisboa (2009) são algumas das mais
recentes mostras individuais de Molder, que representou Portugal na 48.ª
Bienal de Veneza (1999) e na 22.ª Bienal de São Paulo (1994).
Leilão Terminado